Dados sobre o avanço do coronavírus em Mato Grosso do Sul divulgados neste domingo (5) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) mantiveram um perfil de contaminação que, conforme reforçou o titular da pasta, Geraldo Resende, destoa do que ocorreu na Europa. Se lá a preocupação maior é com o número de doentes acima dos 65 anos, no Estado as atenções se voltam para o alto número de jovens adultos que contraíram a Covid-19.
Os dados da SES apresentados neste domingo mostram que, dos 65 casos confirmados em Mato Grosso do Sul, mais de 60% atingiram pessoas entre 20 e 49 anos: 20% dos pacientes têm de 20 a 29 anos; 29,2%, de 30 a 39 anos, e 15,4% de 40 a 49 –o mesmo percentual se repete entre pacientes de 40 a 59 anos e acima dos 60 anos.
“Diferenciando um pouco do que ocorreu nos países europeus e nos Estados Unidos, aqui temos uma parcela significativa de pessoas entre 20 e 50 anos com a doença”, afirmou Geraldo, repetindo um apelo para que a população mais jovem acate as recomendações das autoridades de Saúde e adotem o isolamento social, a fim de evitar a circulação do vírus.
“As pessoas precisam ficar em casa. O jovem não pode se sentir poderoso, dizendo que não vai acontecer com ele. E é na parte da juventude que estamos vendo esse maior afrouxamento. Estão menos preocupados com o isolamento domiciliar, continuam a participar de festinhas, estarem presentes em rodinhas de tereré, de chimarrão e de narguilé que, além de ser muito prejudicial, também pode ser um vetor importante da transmissão do vírus”, afirmou.
Geraldo destacou que as informações da Capital e do interior constam em um aplicativo que, sem capturar dados sigilosos do proprietário do telefone celular, monitora sua circulação e permite atestar se a pessoa segue as orientações de reclusão.
Os dados partem do sistema In Loco, que realiza o monitoramento e, no sábado (4), colocou Mato Grosso do Sul como o quinto Estado do Brasil que menos segue as orientações de reclusão –o isolamento social, aqui, seria seguido por 48,1% da população, o que representa que mais da metade dos sul-mato-grossenses está nas ruas.
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