O macaco encontrado morto, no último sábado (20), na zona rural que divide as cidades de Maracaju e Rio Brilhante foi recolhido e encaminhado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonose), em Campo Grande, que fará testes para detectar a causa da morte. A fazenda está em Rio Brilhante, mas a maioria dos funcionários de lá vivem em Maracaju.
Com casos de febre amarela em estados que fazem divisa com o Mato Grosso do Sul, como São Paulo e Minas Gerais, a população ficou alarmada.
De acordo com o prefeito de Maracaju, Maurilio Ferreira Azambuja, o animal foi o único encontrado morto na região, que fica a cerca de 50 quilômetros da cidade. Segundo ele, como a cidade tem grande quantidade de trabalhadores rurais, a preocupação com a vacinação contra a febre amarela é constante.
“Estamos fazendo tudo seguindo os protocolos. É rotina vacinarmos contra a febre amarela. As crianças de oito, nove meses são vacinadas com a carteirinha. A nossa preocupação é saber se foi febre amarela ou não, mas vamos manter a nossa rotina de trabalho, vacinado as pessoas. Aquelas pessoas que já foram vacinadas, sem problema nenhum e aquelas que não foram vacinas ou tem dúvida, a gente vai vacinar”, diz o prefeito.
Febre amarela
De julho de 2017 a 14 de janeiro deste ano, o país registrou 35 casos da doença. A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, nem de macaco para seres humanos. Os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão da doença são os mosquitos silvestres Haemagogus e o Sabethes. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco, que depois de infectado pelo vírus pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmite para o homem. No caso da área urbana, a transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti.
(Matéria editada às 7h48 da segunda-feira (22). Ao contrário do informado anteriormente, não será o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) que fará testes no animal, e sim, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
Foto: Maracaju Speed