Glória de Dourados, 28 de Março de 2024
Terça, 23 de Janeiro de 2018 - 08h07
Candidatura de Lula a presidente divide opinião de políticos em MS
Fabio Trad defende afastamento, enquanto outros são favoráveis a disput

Correio do Estado

Ex-presidente Lula disse que irá concorrer ao cargo de presidente, mesmo se for condenado - Evaristo Sá/AFPA candidatura ou não à Presidência da República pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causa impacto nas eleições deste ano e divide a opinião de políticos de Mato Grosso do Sul.

Com o julgamento em segunda instância marcado para amanhã, em Porto Alegre, Lula corre o risco de ficar inelegível,  se for condenado. Porém, mesmo que isto aconteça, há aqueles que defendem sua participação na disputa presidencial, como também existem outros que consideram inviável sua candidatura.  

O deputado federal Fábio Trad, por exemplo,  afirma que se a Justiça mantiver a condenação, o ex-presidente não deve concorrer ao pleito de presidente em outubro. Para ele, esse é o preço que se paga por infrigir a lei. “No caso de condenação proferida por órgão colegiado em razão de cometimento de crime contra a administração pública, a lei é clara no sentido de incorrer em inelegibilidade”, disse. 

Trad defende que a lei deve se cumprida em todos os casos de irregularidades, mas avalia que a ausência de Lula na disputa aumentará ainda mais a polarização da política. “Politicamente, creio que a ausência de Lula no embate eleitoral em virtude da condenação por órgão colegiado vai aprofundar o radicalismo e a polarização política no País. Entretanto, este será o preço a se pagar pelo cumprimento da lei”.

Defendendo o principal personagem do partido, o deputado federal e ex-governador, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, considera o julgamento de Lula uma “farsa”. Ele, inclusive, anunciou para quinta-feira a candidatura do petista à Presidência.

Em julho de 2017, Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo juiz Sérgio Moro. No caso de condenação em segunda instância, o ex-presidente fica inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas pode manter-se na disputa por meio de recursos.

 
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