Glória de Dourados, 28 de Março de 2024
Sexta, 23 de Novembro de 2018 - 11h26
Azambuja ainda não se definiu sobre sucessão na Assembleia
Rocha reage à declaração de Corrêa sobre aliança e diz que não se afastará da bancada

Correio do Estado

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está esperando posição do seu partido para discutir a sucessão da presidência da Assembleia Legislativa. O pré-candidato tucano ao cargo, deputado Paulo Corrêa, aposta na força da coligação que reelegeu Azambuja e na adesão do líder do MDB, Eduardo Rocha, para reforçar a sua eleição. Mas Rocha não pretende se afastar dos companheiros da bancada.

O PSDB já teve reunião na terça-feira (20) para tratar da sucessão na Assembleia. O partido está disposto a “brigar” pelo comando do Legislativo, mas ainda não fechou a questão em torno do nome de Corrêa. O pré-candidato espera pela “bênção” de Azambuja e dos colegas do partido para sufocar os eventuais interessados pelo cargo.

Questionado se Azambuja faria alguma indicação para a presidência da Casa de Leis, ele respondeu estar esperando. “É uma discussão. Nós estamos aguardando a manifestação do partido. O PSDB postergou para a próxima semana, a decisão de escolher um nome”, comentou.

Ele lembrou sobre os cincos deputados tucanos eleitos para os próximos quatro anos. “São hoje cinco nomes e a partir daí, esse nome vai ter que saber fazer a articulação com as bancadas e com a Casa de Leis para tentar a presidência”. 

O governador afirmou não poder ajudar na articulação. “Nós não podemos ajudar nisso, mas vamos esperar a decisão de qual nome o partido vai escolher”.

Azambuja também foi questionado sobre o apoio que recebeu de Eduardo Rocha, no segundo turno das eleições. “O Eduardo é um companheiro nosso, parceiro e a eleição não é do governo, a eleição é da Assembleia. Aí acho que é uma discussão interna da Casa de Leis”, explicou. 

O governador respondeu que assim que o PSDB decidir, esse político precisa começar a conversar com as outras bancadas para tentar formar uma chapa. “E se entenderem que deve ser o Eduardo, é bem-vindo nessa discussão. Eu tenho certeza que o PSDB tem uma gratidão e um carinho enorme por ele. Mas o passo agora é esperar a decisão partidária”.

Com relação a uma possível negociação do PSDB em ser vice na chapa do prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) na sua possível disputa a reeleição em 2020, o governador reeleito respondeu que o acordo do apoio foi principalmente por Trad acreditar no trabalho do governo. “Isso é como ele sempre se manifestou; mas você há de convir, eu estou falando aqui pelo governador, a gente é muito grato ao apoio do Marquinhos, eu, pessoalmente, sou muito grato. Acho que o partido vai discutir”.

MDB
Apesar de integrantes do PSDB acreditarem que terão o deputado Rocha como aliado para a formação do bloco destinado a eleição da mesa diretora, o parlamentar já adiantou que o compromisso dele é com o governador. “Não quero ficar separado dos meus dois colegas”, declarou se referindo aos dois correligionários, Renato Câmara e Márcio Fernandes.

Os dois estão articulando apoio de deputados de partidos nanicos para ter condições de disputar algum cargo na mesa diretora da Casa de Leis.

Fernandes revelou que as articulações estão avançadas e que o bloco já tem seis integrantes, além dos três do MDB, dois do PT, que são os deputados Cabo Almi e Pedro Kemp e Lídio Lopes, do Patriotas.  Rocha afirmou ter sempre apoiado Azambuja, principalmente durante seu primeiro governo e não pretende ser oposição agora. No segundo turno das eleições ao governo estadual, Rocha fez campanha para o governador reeleito, enquanto o MDB, fez campanha para o PDT, do juiz Odilon de Oliveira.  (Colaborou, Daniela Arruda).

 
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